quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Guerra e Paz

Poucas coisas me deixam mais triste do que os resultados da guerra. Na disputa por riqueza ou poder existem vidas no caminho. O que fazer então? A gente elimina essas vidas! São somente peças num tabuleiro gigante de xadrez.
- Mesmo os civis?
- Sim, quem se importa?
- Mesmo mulheres e crianças?
- Pertencem a outra nação. Logo, são inimigos!
- Mas eles pagarão com suas vidas! Isso é justo?
- A vida não é justa...
Sei que um diálogo assim não tem sentido, mas a gente vê isso em pequena ou grande escala. As vezes nem precisa ter guerra. Minha poesia de hoje é sobre esse tema. E você vê poesia na guerra? Na verdade não. Mas é algo tão presente que é difícil ignorar...


Guerra e Paz

Desculpe por não vir argumentar
E ao invez disso usar munição
Não trazer tratados para assinar
Me antecipar a sua retaliação

Vim com disposição para matar
Me escondendo atrás da religião
Vou colocar os Deuses para lutar
Ignorar que temos sangue irmão

Desconsiderar os que vão chorar
Rios de lágrimas sem outra opção
Tenho outros civis para trocar
E muitas lágrimas para a coleção

Jovens e crianças sabem lutar
Não tem pais para pedir permissão
Mesmo tendo, estes vão se orgulhar
Brincar com a morte já é tradição

Eu só quero ver o sangue jorrar
Nem vou cogitar a sua rendição
Tenho medalhas para conquistar
Ampliar as fronteiras da nação

0 comentários:

Postar um comentário